Osteoartrite, exercício físico e suplementação: uma inter-relação com efeitos terapêuticos.

A osteoartrite (OA) é uma patologia altamente prevalente que não tem cura conhecida. É uma doença musculoesquelética degenerativa, caracterizada pela perda progressiva da cartilagem articular, inflamação sinovial, formação de osteófitos e remodelação óssea subcondral (NELLIGAN et al., 2021; SIRE et al., 2021).

Essa doença tem uma fisiopatologia complexa devido à sua natureza multifatorial. Mais especificamente, a expressão desordenada de proteases degradativas ou mediadores catabólicos pode ser induzida nos condrócitos, o que contribui para a erosão da cartilagem (SIRE et al., 2021).

Segundo Sire et al. (2021), o desequilíbrio entre os processos anabólicos e catabólicos pode danificar a integridade estrutural da cartilagem articular, resultando em rigidez, dor e limitação da amplitude de movimento nos estágios mais avançados da OA.

Assim, subsequente à perda de função, o aumento da incapacidade, menor desempenho nas atividades de vida diária e redução da qualidade de vida relacionada à saúde são achados comuns em pacientes portadores de OA.

Exercício físico como modulador da osteoartrite

De acordo com Sire et al. (2021), as diretrizes do American College of Sports Medicine recomendam a atividade física e o exercício como intervenções terapêuticas positivas e eficazes para o tratamento da OA, como forma de reduzir a dor e a incapacidade nos pacientes. Os programas de exercícios recomendados incluem exercícios em terra e intervenções de fisioterapia aquática.

Uma revisão sistemática realizada recentemente por Raposo et al. (2021) confirmou que os programas de exercícios aeróbicos e de fortalecimento, além de pilates, realizados por 8 a 12 semanas e com 3 a 5 sessões por semana, tendo a sessão duração de 1 hora, podem ser considerados como um tratamento eficaz em pacientes com osteoartrite.

Papel de suplementos como terapêutica para a OA

O ácido hialurônico (AH) é uma molécula que está presente naturalmente na cartilagem e no líquido sinovial. Suas funções incluem: a lubrificação, servindo como um preenchimento de espaço para permitir que a articulação permaneça aberta e haja regulação das atividades celulares, como a ligação de proteínas (KIM; GUILAK, 2022).

Com excelente viscoelasticidade, alta capacidade de retenção de umidade e alta biocompatibilidade, o AH atua como lubrificante, amortecedor, estabilizador da estrutura articular e regulador do equilíbrio hídrico; além de conferir resistência às articulações (COLLETTI; CICERO, 2021). Segundo Colletti e Cicero (2021), o colágeno tipo II é o principal componente (90-95% do conteúdo total de colágeno) da cartilagem articular, formando as fibrilas que conferem à cartilagem sua resistência à tração. Um estudo realizado por Sadigursky et al. (2022) mostrou que a suplementação de 40g/dia colágeno tipo II não desnaturado, por 90 dias, melhorou a dor, rigidez articular e qualidade de vida em indivíduos de 60 a 80 anos com osteoartrite de joelho.

Estudos mostram que a baixa ingestão dietética de magnésio está relacionada à proteína C reativa sérica elevada, que é o biomarcador mais sensível da inflamação. Enquanto isso, a inflamação sistêmica de baixo grau está intimamente associada à patogênese da ao, e o magnésio pode ser um mediador da dor, alterando os níveis de citocinas inflamatórias e neurotransmissores no organismo (LI et al., 2021).

Hialugen® é o suplemento Biobalance formulado com alta concentração de Ácido Hialurônico associado ao Colágeno tipo 2 e Magnésio que juntos atuam de três formas: Auxiliam no metabolismo energético. Contribuem para a formação e o aumento da densidade mineral óssea. Ajudam no funcionamento muscular e neuromuscular.

REFERÊNCIAS

SIRE, A. de; et al. Role of Physical Exercise and Nutraceuticals in Modulating Molecular Pathways of Osteoarthritis. International Journal Of Molecular Sciences, [S.L.], v. 22, n. 11, p. 5722, 27 maio 2021. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34072015/. Acesso em: 25 ago. 2022.

NELLIGAN, R. K.; et al. Effects of a Self-directed Web-Based Strengthening Exercise and Physical Activity Program Supported by Automated Text Messages for People With Knee Osteoarthritis. Jama Internal Medicine, [S.L.], v. 181, n. 6, p. 776, 1 jun. 2021. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33843948/. Acesso em: 25 ago. 2022.

RAPOSO, F.; et al. Effects of exercise on knee osteoarthritis: a systematic review. Musculoskeletal Care, [S.L.], v. 19, n. 4, p. 399-435, 5 mar. 2021. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33666347/. Acesso em: 25 ago. 2022.

COLLETTI, A.; CICERO, A. F. G. Nutraceutical Approach to Chronic Osteoarthritis: from molecular research to clinical evidence. International Journal Of Molecular Sciences, [S.L.], v. 22, n. 23, p. 12920, 29 nov. 2021. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34884724/. Acesso em: 25 ago. 2022.

KIM, Y. S.; GUILAK, F. Engineering Hyaluronic Acid for the Development of New Treatment Strategies for Osteoarthritis. International Journal Of Molecular Sciences, [S.L.], v. 23, n. 15, p. 8662, 4 ago. 2022. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35955795/. Acesso em: 25 ago. 2022.

SADIGURSKY, D.; et al. Undenatured collagen type II for the treatment of osteoarthritis of the knee. Acta Ortopédica Brasileira, [S.L.], v. 30, n. 2, p. 240572, 2022. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35765574/. Acesso em: 25 ago. 2022. LI, G.; et al.

The Impact of Trace Elements on Osteoarthritis. Frontiers In Medicine, [S.L.], v. 8, p. 771297, 23 dez. 2021. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35004740/. Acesso em: 25 ago. 2022.

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