O estresse pode ser definido como uma reação do organismo que ocorre frente a situações que exijam dele adaptações além do seu limite. Embora, muitas vezes, considerado como uma adversidade a ser ignorada, o estresse crônico tem importantes consequências patológicas (OSBORNE et al., 2020; ASSIS et al., 2021).
De acordo com, Franklin et al. (2021), o estresse engloba vários fatores que são considerados estressores, que podem ser classificados em três grupos gerais:
– Estresse importante da vida: trabalho e relacionamentos.
– Fatores socioeconômicos: baixa renda e discriminação.
– Condições psiquiátricas crônicas: depressão e ansiedade.
De forma exacerbada ou prolongada, os estressores podem causar excitação emocional e desencadear um desequilíbrio da homeostasia, além de estimular vias que levam a alterações sistêmicas, como distúrbios fisiológicos e psicológicos (ASSIS et al., 2021)
Relação entre estresse e doenças cardiovasculares
Diversas áreas cerebrais estão envolvidas na resposta ao estresse. O eixo cérebro-coração exerce influência significativa no desfecho de doenças cardiovasculares; e, em seu estudo, Vaccarino et al. (2021) sugerem que as variações nas respostas das pessoas submetidas ao estresse agudo levam a mecanismos que estão relacionados com o aumento do risco de morbidade e mortalidade.
O estresse crônico produz uma desregulação dos sistemas adaptativos do estresse, que, consequentemente, causa uma alteração na atividade do sistema hipotalâmico-hipofisário-adrenal e do sistema nervoso autônomo. Ao longo do tempo, essas mudanças aumentam a incidência de doenças cardiovasculares e fatores de risco, como hipertensão, obesidade e diabetes tipo 2 (SANCHIS-SOLER et al.; 2020; VACCARINO et al., 2021).
Efeito cardioprotetor do ômega-3 EPA
O ômega-3, especialmente o ácido docosahexaenoico (DHA) e o ácido eicosapentaenoico (EPA) são ácidos graxos poli-insaturados com muitos efeitos benéficos para a saúde, incluindo a prevenção de doenças cardiovasculares; particularmente, o EPA demonstra propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladoras nesse contexto (O’CONNELL et al., 2020; PATEL, BUSCH, 2021).
Além disso, O’Connell et al. (2020) relatam, em seu estudo, que o ácido eicosapentaenoico (EPA) parece ter a combinação ideal de comprimento de cadeia e insaturação para exercer propriedades antioxidantes. Devido à sua potente atividade antioxidante e lipofilicidade, EPA inibe significativamente a formação do domínio cristalino do colesterol induzida pela glicose, nas vesículas lipídicas da membrana, que é uma característica de uma placa aterosclerótica.
A literatura científica mostrou que EPA tem participação importante na redução dos eventos de doenças cardiovasculares, incluindo diminuições significativas em morte por DCV, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e revascularização coronariana (BHATT et al., 2021).
Ainda em sua pesquisa, O’Connell et al. (2020) mostram que a prescrição de EPA nas quantidades de 2 a 4 g/dia, em pacientes com níveis altos ou muito altos de triglicerídeos, pode reduzir a proteína C reativa de alta sensibilidade, a fosfolipase A2 associada à lipoproteína (Lp-PLA 2) e o LDL oxidado.
Icosacor é formulado com a maior concentração de EPA em cápsulas gastrorresistentes, promovendo conforto gástrico e, ainda:
– Auxilia na manutenção dos níveis de triglicerídeos, colaborando para melhora da saúde cardiovascular.
– Contribui para a diminuição do estresse oxidativo. – Ajuda a evitar aterosclerose.
– Favorece a preservação da função endotelial.
– Desempenha ação anti-inflamatória.
REFERÊNCIAS
ASSIS, Layandra Vittória de et al. Influência de fatores emocionais no desenvolvimento de doenças cardiovasculares: uma revisão narrativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde, [S.L.], v. 13, n. 2, p. e6457, 15 fev. 2021. Disponível em: https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/6457. Acesso em: 3 jun. 2022.
SANCHIS-SOLER, Gema et al. The effects of stress on cardiovascular disease and Alzheimer’s disease: physical exercise as a counteract measure. Stress And Brain Health: In Clinical Conditions, [S.L.], p. 157-193, 2020. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32450995/. Acesso em: 3 jun. 2022.
FRANKLIN, Barry A. et al. Chronic Stress, Exercise and Cardiovascular Disease: placing the benefits and risks of physical activity into perspective. International Journal Of Environmental Research And Public Health, [S.L.], v. 18, n. 18, p. 9922, 21 set. 2021. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8471640/. Acesso em: 3 jun. 2022.
OSBORNE, Michael T. et al. Disentangling the Links Between Psychosocial Stress and Cardiovascular Disease. Circulation: Cardiovascular Imaging, [S.L.], v. 13, n. 8, e010931, ago. 2020. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7430065/. Acesso em: 3 jun. 2022. VACCARINO, Viola et al. Brain-heart connections in stress and cardiovascular disease: implications for the cardiac patient. Atherosclerosis, [S.L.], v. 328, p. 74-82, jul. 2021. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34102426/. Acesso em: 3 jun. 2022.
O’CONNELL, Timothy D. et al. Mechanistic insights into cardiovascular protection for omega-3 fatty acids and their bioactive lipid metabolites. European Heart Journal Supplements, [S.L.], v. 22, p. 3-20, 1 out. 2020. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7537803/. Acesso em: 3 jun. 2022.
BHATT, Ram D. et al. The role of eicosapentaenoic acid in reducing important cardiovascular events, including coronary revascularization. Progress In Cardiovascular Diseases, [S.L.], v. 69, p. 3-10, nov. 2021. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34419485/. Acesso em: 3 jun. 2022.
PATEL, Dhiren; BUSCH, Robert. Omega-3 Fatty Acids and Cardiovascular Disease: a narrative review for pharmacists. Journal Of Cardiovascular Pharmacology And Therapeutics, [S.L.], v. 26, n. 6, p. 524-532, 30 jun. 2021. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8547235/. Acesso em: 3 jun. 2022.